domingo, 19 de julho de 2015

http://mixofcolorsandpatterns.blogspot.pt/2015/07/sorteio-de-julho.html

sábado, 4 de julho de 2015

http://www.myfashioninsiderblog.com/2015/06/giveaway-ganha-1-mala-da-xti.html participem :)

sábado, 20 de junho de 2015

http://www.myfashioninsiderblog.com/2015/06/giveaway-fitness-ganha-1-cellublue-e.html participem :)

terça-feira, 27 de maio de 2014

Aqui te espero!


Desafio-te! Sim, desafio-te a ti...que sempre me colocaste à prova, que sempre 'zombaste' do meu frágil domínio, da minha parca garra em me afirmar!

Eu que sou previsível, desafio-te! Eu que sou insolente, desafio-te! Eu, e somente eu, que me estilhaço em mil bocados impregnados de imprudência, desafio-te e encaro-te, cobarde!

Tu, ingrata e altiva, desdenhas-me! Tu, que nunca foste justa nem fiel, apunhalas-me! Tu, que me enfeitiçaste com negro manto do gélido plutão, e me seduziste com o seu magnetismo, tornaste-me um poço de negação infinita.

Que queres afinal?
 Estilhaços meus??

Sou feita deles, pertencem-me! São 'Eu' e eu 'Eles', a minha essência, as minhas peças, os meus átomos que, afinal, nunca se tocam - repelam-se! E de nada importa, porque são meus e deles faço o que a minha alma reflectir. O espelho não engana... os olhos, marejados de sal, assim o provam.

A ti, enfrenta-me e surpreende-me...


O que é difícil afinal?













Mentir é fácil que dói,
Esconder é fel e corrói.

Fugir é fácil pra uns,
Matar...talvez para alguns.

Gritar, qualquer um o faz,
Esquecer...traz (?) alguma paz.

Chorar....riacho a fluir...
Mas sentir... sentir(!)...

Sentir é obra divina,
Pintada em quadro infernal...
Que nem perspicácia felina,
Em laço de afectos fatal.

Sentir....
Que ora está bem...
Que ora está mal...

Que jamais aprenderei,
E nunca abdicarei,
Do meu ser sensorial.


domingo, 1 de dezembro de 2013

Somos Instantes














Somos instantes apagados
Silenciosamente iluminados,
Instantes fugazes de luz
Magia carnal que seduz...
Somos instantes de um todo
Um todo de instantes sem fim;
Peças de puzzles de ti,
Estilhaços perdidos de mim...
Somos instantes cruzados
Juntos num caminho risonho;
Num mar de calmos tornados
Num céu e universo de sonho.
Somos instantes
De todas as coisas,
De coisa nenhuma.
De ventos que mudam,
De um sol que se apruma.
De estrelas que embalam,
Uma lua;
Que ora se mostra..
Que ora se esfuma...
Somos Instantes gravados
Eternos num só olhar,
Perdidos mas encontrados...
Respirando embriagados,
Um novo vício de amar.



domingo, 13 de outubro de 2013

Um novo Imprevisto...uma nova história.


Sabem aquela pessoa que por vezes olhamos de soslaio, pensamos que seria interessante conhecer, mas mantemos distância?! Pois...o Imprevisto é uma dessas pessoas.

O Imprevisto é o meu novo amigo.


Ligeiro ar de arrogante e prepotente, mas no fundo não passa de um bonacheirão de coração mole (daí atrair tanto os mais sensatos, como os mais descoordenados).


Como sou uma Realidade inconstante, decidi dar-lhe uma oportunidade e convidei-o para um serão agradável no meu ponto alto predilecto.
Pisamos caminhos  - pra mim já tão familiares - gastos pelos passos do tempo, pelas carícias da saudade, pelas marcas forjadas de memórias intemporais.
Apesar do Imprevisto ter reclamado previamente de possíveis vertigens, não foi preciso insistir muito, ganhou confiança e seguiu-me. -Aaah bom, afinal essas tuas vertigens não eram assim tantas! - brinquei eu.
-Estou muito bem, aqui não tenho qualquer problema. - disse algo como isto.
 O seu receio baseava-se mais no facto de não existirem barreiras de protecção, o que neste caso não se aplicava, os muros eram quase mais altos que eu mesma, que a própria Realidade em pessoa!
-Bolas, agora mesmo que quisesse que ele se segurasse a mim, não resultaria.. -pensei eu perversamente.
-Mas que estou eu prá aqui a pensar? Mal conheço este Imprevisto, vamos lá acalmar!! - ralhei com o diabólico subconsciente. O danado anda a pisar o risco.
Mudámos de ares e foi a vez de ser surpreendida; nada mais normal vindo de um Imprevisto irreverente e relaxado como este. Lá partimos, lado a lado, falando tanto de mim (uma Realidade preocupada com mil coisas e carismática) ora saltando para ele (um Imprevisto sempre atento e preparado para improvisar soluções). Mas que dupla interessante...
Os risos eram contagiantes como os pingos de chuva que sentia a aproximarem-se.
-Chegámos! -exclamou ele animado.
Via um pequeno jardim, com passeios em labirinto.
-Hum, mas o que é isto?
-Este é o Jardim dos Sentimentos. Cada zona tem uma tabela a indicar o sentimento. - mencionou sorridente.
Impossível, pensei eu..um Jardim dos sentimentos? Como poderia ser? Iria eu ser apanhada em tal teia abstrata, eu..uma Realidade tão terra -a- terra, e realista..não, não.. não poderia admitir tal coisa!
Ganhei coragem e fui espreitar o espaço de outra dimensão, um poço abismal de sentimentos contraditórios, agridoces, tentadores e desconsertantes. Já não bastava a minha confusão natural, ainda mais esta para me destabilizar..raios, este Imprevisto é perspicaz e astuto, mas não vou ceder. - pensei.
Deslizei pela Inveja de um mundo podre, pela Guerra que adoptei como irmã, planei ao de leve sobre o Amor, e nem sequer atingi a Paz.. Muitos sentimentos tinham desaparecido, desmaiados sem vida sobre a relva, desfalecidos pela decepção humana..para trás deixaram uma Esperança orfã  e ferida.
Terminei na Justiça, que me olhou em tom de desagrado. -Deixa lá, também nada espero de ti, nunca te entregaste de corpo e alma. Nada me dizes e assim continuará a ser... - matutei com os meus botões.
Senti-me a estremecer por dentro..
-Hey..o que se passa? Que foi agora?
 Afinal, era eu que sentia vertigens, era eu que precisava de me segurar em palavras, e amparar toda a tempestade de sentimentos que se estilhaçavam no peito.
Fiquei sem fôlego, mas continuei o caminho. Não poderia dar a entender como aquele momento me afetara. Onde já se viu uma Realidade fraquejar assim? Não..não..não podia ser!
Começou a pingar.
Eu sabia que o meu instinto estava certo. E quando julgava que a chuva me daria algum alento, não poderia estar mais enganada. Tivemos que nos recolher, e assim ficámos mais próximos. Nem consegui olhar-lhe nos olhos..que Imprevisto inquietante, que receio em mostrar o brilho dos pensamentos que me assombravam.
Conversámos de tudo, e de nada. E por fim, quando a natureza assim o permitiu, saímos e seguimos caminho.
Não esperava qualquer despedida, sou uma Realidade teimosa e cautelosa...alguma distância seria a medida mais correcta. Ele não pensou assim. Usou a minha mão como ancora e puxou-me ligeiramente para si. Beijou-me rapidamente a bochecha fria, e queria um como resposta o descarado!! Depois de tanto me inquietar, ainda me fez essa..que personagem de contrastes; ora previsível, ora indecifrável.  
Fiquei sem reacção, mas depressa retribui o acto. Ainda meia atordoada, separá-mo-nos e seguimos caminhos opostos. E mergulhada no calor do silêncio, fui para casa a pensar, com um leve sorriso pendurado:

-Poderá uma Realidade perturbada encaixar-se num mundo de Imprevisto, ou este faz já, indiscutivelmente parte dela?


domingo, 3 de abril de 2011

Lembrei-me de um dia

Era Maio, mas a brisa gélida que se fazia sentir não correspondia ao sol que brilhava entre as nuvens..
Vagueava pelas ruas de Paris, apenas eu e a minha solidão arrogante..
Preocupação? nenhuma..
medo?nem réstia dele..
...mas sim uma grande dose liberdade e independência..
"Menos mal que me livrei daquela gentalha arrogante..não há paciência.." pensava para os meus botões..
Quantas vezes, no meio de uma multidão, a solidão torna-se uma realidade?!
- bah, mas que cliché corruído pela mente humana! Só se sente só quem quer, quem assim o deseja, quem - só assim- se sente bem!
Gosto de estar comigo, assim estive em muitos momentos da minha, ate então, curta vida. E não me arrependo de cada minuto em que sonhar era imperativo, num estado alucinado tal que a realidade tremia e quebrava, face ao meu outro eu macabro e sedutor.
Passei perto da torre eiffel.. e que fila..gente sôfrega sedenta de protagonismo..fariam um favor à sociedade se se limitassem à sua insignificancia de seres passageiros!
Olho de esguelha e apanho um negro a olhar na minha direcção..trazia chaveiros e pulseiras, embrulhadas em mãos gastas pelo uso..
...olhar malicioso..
...lábios arreganhados num sorriso guloso, banhado por pensamentos perversos..
-"Era só o que me faltava agora! Muito bem..apanha-me então, se conseguires!"
Rodopiei sobre os calcanhares e penetrei a multidão..reparei que a "besta" fazia o mesmo, que nem felino em busca da sua presa..
"Que raio, filho da puta..se me apanhas fodo-te o focinho!"
Serpenteei, flutuem e planei entre multidões suadas de preconceito e luxuria; deu-me vómitos mas não era a altura ideal..nunca é, alias.. fiz muito esforço para pensar no crepe de nutela que comeria nessa noite junto à rolote da esquina; incrivelmente passou-me as náuseas..
Espreitei por cima do ombro, e nada, nem sinal do preto voraz.
Inspiro solenemente.."ah, consegui..que palerma!"
Incrível como é difícil encontrar um françes genuíno em França, ainda pra mais em Paris..são todos pretos, amarelos, cor-de-rosa.. de genuíno só há as catedrais mais antigas, e mesmo assim..
Ainda tinha 4horas, e sendo domingo as entradas no Louvre eram gratuitas. Dito e feito, eis o programa para o resto da tarde!
Ao chegar a minha vez da fila os seguranças chamaram-se à parte, com caras desconfiadas de bulldog quando cheira comida estragada. Falando num françes apressado, la percebi por fim que se tratava da minha mochila..e depois de a revistarem, confiscaram a minha "inofensiva" faca de sobremesa que usava no patê de atum com torradas. "Mas que merda..ate parece que levo uma bomba!"
La continuei, e passei as seguintes 4horas inteirinhas mergulhada em arte e artefactos quase tão antigos como as estrelas. Ainda me escaparam 2 salas de estátuas, mas também nunca me entusiasmei muito ao ver uma quantidade generosa de personagens nuas com um pirilau diminuto e desproporcional..tem graça, pra quem antes sentia pudor, agora mostra apenas indiferença..presumo que não me espantaria nada se me cruzasse na rua com pessoas nuinhas como vieram ao mundo..tornaram-se meros objectos.
A noite caiu vagarosamente e o meu estômago já sabia que horas eram: era hora do tal crepe tão esperado..hum..tinha mesmo de ser!
Dirigi-me à barraca mais próxima e no meu françes espanholado e enrolado lá pedi a doçaria..levou-me 3.50€ e roubou-me ate mais não na nutela..
-"cabra da chinoca, de mim não mais terás nada!"
Eram as 21h.. a pouca juventude que se encontrava na rua, empenhava as garrafas já embriagados e alegres..invejava-os..e eu, sem pinga de álcool que me aquecesse o sangue gelado..
Enfim..engoli a minha última salada barata com um gole de agua e aconcheguei-me no banco frio da praça..caia uma chuva miúda..
"Em breve estarei em casa, e tudo isto, será apenas uma recordação distante.."