domingo, 30 de agosto de 2009

Pensamento do dia


-Sou mulher, e com M bem grande, mas por vezes penso com curiosidade:
-Como seria se...?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Beijo gelado


Depois do trabalho, costumo ir sempre ao mesmo bar perto la de casa, a fim de tomar um capuccino e ler as letras garrafais do jornal...é um bom momento para desanuviar e aliviar o stress.
Há um mês atrás fiz o mesmo trajecto, entrei no bar, sentei-me ao fundo, na mesa no costume e pedi o capuccino de sempre - com natas e chocolate por cima, uma delicia.
Reparei que a habitual empregada não se encontrava a trabalhar. Em vez dela, estava uma nova bem mais atraente. Mantendo a postura, fui olhando furtivamente e observando todos os seus gestos. Loira, 1.65m, peito médio e firme, coxas bem defenidas, e com uma farda extremamente provocante. Não admira que o café estivesse a abarrotar, com uma tentação daquelas ate o Papa se tornaria viciado em cafeína!
Mas não me iria descontrolar em público, e dar-lhe a perceber como me deixava nervoso.
Aproximou-se, e com uns belos lábios vermelhos, perguntou-me baixinho: -Quer que eu o aqueça?
Não estava a perceber...estaria aquela tentação de mulher a atirar-se a mim? Então percebi que falava do meu capuccino...tinha-o deixado esfriar, e a espuma já quase desaparecera, que chatice! -ah, pois..agradecia imenso!
Que figura de parvo, estava a deixar-me controlar pelo nervosismo.
Trouxe a minha bebida, e deixou-a junto a mim devolvendo um sorriso e um piscar de olhos que me fez estremecer.
Deixei a situação de lado, fui saboreando silenciosamente o meu elixir dos deuses, e sem dar por isso o bar foi ficando vazio, ate apenas sobrar 3 pessoas: um velho porteiro ao balcão, a bela empregada e eu!
Quando o velho saiu, ia levantar-me...mas a loira adiantou-se a mim. Dirigiu-se à porta, trancou-a, correu os cortinados, apagou as luzes, deixando apenas penetrar a ténue luz dos candeeiros da rua.
Senti o sangue subir-me a cabeça, e seguidamente percorrer todas as minhas veias num ápice. Estava completamente sozinho, com aquela visão diante mim.
-Vi como me observava, o tempo todo! - disse-me ela.
-Lamento se a incomodei, não era de todo a minha intenção visto estar no seu ambiente de trabalho, defendi-me.
Ela olhou-me intensamente com olhos rasgados e sensuais, -Possui-me!
Não pensei duas vezes..
Agarrei-a pela cintura, coloquei-a num dos bancos do balcão, e beijei o seu pescoço, os seus seios firmes e rosados, o seu umbigo pequeno..toda ela perfumada.
Fui a dentro do balcão, tirei um cubo de gelo da geladeira, e coloquei-o na boca.
Voltei a concentrar-me naquele corpo ardente que me implorava por prazer, e dei-lhe exactamente isso. Deslizei dois dedos e introduzi-os na sua intimidade quente e húmida, e que delícia. Depressa reclamei do capuccino ,comparado àquela sensação não era nada..
A mulher era fogo, um mar de desejos e gemidos. Introduzi três dedos firmes, num vaivém continuo, enquanto outra parte de mim rebentava já de firmeza e vontade! O seu corpo contorcia-se constantemente numa dança apetecível..
Foi então de tirei o gelo da boca, e procurei com a língua o seu tesouro mais sensível e molhado. Tal foi o choque térmico que ela não se aguentou, e gozou bem alto que tive de tapar-lhe a boca com receio dos vizinhos.
A partir dessa noite, ficava sempre para o fim...Bebia calmamente o meu capuccino, lia os títulos das notícias e esperava ansiosamente pelo meu maravilhoso momento zen!
Mais uma história tentadora...quantos sortudos não gostariam de estar no lugar desta personagem?! huum... Continuaçao de doces loucuras!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Uma aventura no sofá

Era Inverno...e como o detesto!

Fico de certo modo deprimida ao acabar o dia numa noite fria e escura, entre chuviscos e nevoeiro medonho...
Estava em casa aborrecida, sem nada de interessante para fazer, e recebi um telefonema do Mário. Há muito que não me dava sinal de vida. Estranhei, mas aceitei o seu convite de ir ver um filme novo que tinha sacado da net.
Em meia hora pus-me pronta, e foi-me buscar a casa sem muita demora. Pensei que íamos para casa dele, mas não.

-Chegámos! - disse ele.

Era uma casa simples, com mobília em segunda mão e usada, com um leve cheiro a madeira podre. Deduzi que seria uma casa de um parente idoso.

-Sim, é a casa dos meus avós. Não estão a algum tempo, mas deixam-me usa-la quando e como quero.
Bem..eu e o Mário éramos amigos, mais que meros conhecidos, la... tínhamos amigos em comum, mas não uma relação chegada. Era normalmente calado, mas por vezes conseguíamos ter umas conversas minimamente interessantes e filosóficas.
Sempre senti uma atracção por ele: moreno, de estatura media, olhos escuros e misteriosos e uma voz..meu Deus, que voz..a mais sexy que ouvira ate então! Por vezes ate dizia que tinha voz de actor porno, eu me ria. Contudo, o Mário nunca se fizera a mim, nem mesmo em momentos a sós, e deduzi que provavelmente não era o tipo dele.
Mas nessa noite parecia diferente...
Ligou o computador, e começamos a ver o filme mergulhados em silencio e escuridão.. Estava frio, por isso foi buscar-nos uma manta, e ficamos assim, mais próximos. Sentia-me quente e nervosa, e quando senti a sua mão tocar na minha, estremeci. -Que faço agora?-pensei.
Não sabia como reagir, se corresponder ou afastar-me.Aguentei ao máximo ate o filme acabar. era tarde, e ele perguntou-me se queria ir embora. Respondi que poderíamos ver mais um filme...e assim foi! Quer dizer, era suposto ser, pois assim que se foi aproximando de mim, do meu pescoço que arfava, do meu peito a ferver, esqueci o mundo e beijei aqueles lábios carnudos que me chamavam.E que fera...abraçámo-nos no sofá, rolamos no chão. Até que ele me aborda: -Queres ir para o quarto?
Havia algum tempo que não estava com ninguém, mas o desejo era forte.-Vamos!
Sentia-me desconfortável, ainda não acreditava que estava ali, com o Mário, que nunca me dera ate a altura qualquer sinal de avanço.
A vontade crescia, o calor aumentava e quando os nossos corpos se tocaram, senti -é real!
Vi que ele estava igualmente incomodado, mas penetrou-me e senti a minha intimidade vibrar que excitação. Queria senti-lo em mim, na sua plenitude, mas de repente recuou e deixou-me desamparada. -Que se passa? Fiz algo de mal?
-Não, disse ele. Eu é que ando ultimamente parado, e fui depressa demais agora.
Ficámos no silencio...não me deixou tocar-lhe mais, afastou-se como um animal ferido.
Vestímo-nos e mais uma vez num silencio continuo, levou-me a casa.
Nessa noite, demorei mais tempo que o habitual a adormecer.
No dia seguinte tentei falar-lhe, mas em vão...
Passados uns dias sempre a pensar no assunto, resolvi cortar qualquer tipo de relação com o Mário.

Foi melhor assim...não passou de um mero momento carnal!

Todas as historias, nomes e características das personagens deste blog, são baseadas em cenas teatrais fictícias com uma pitada de verdade. Tudo o resto, é mera coincidência!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hipnose

Como li num blog que aprecio muito, não conhecemos nada nem ninguém. tudo é-nos uma fantástica ilusãoo bem encenada que parece real..a vida é uma mera peça de teatro, com diversas mascaras e acções, dissimuladas pelo tempo e memorias passadas.
Amigos tornam-se estranhos, estranhos tornam-se amigos, e no entanto são todos iguais: eternos desconhecidos, seres perdidos em bosques mentais, em almas estilhaçadas...
Então o que fazemos?
Como seres complicados que somos, começamos a reflectir e a filosofar, a questionar a vida, a morte, o universo, os átomos e partículas invisíveis, o leite de soja, a conta do gás, o ordenado do vizinho... e esquecemos o mais importante, VIVER! simplesmente isso..sem pensar, sem questionar, sem som nem silencio, sem vazio nem cheio, sem estupidamente NADA!
Porque o tempo -rei e senhor do mundo- não espera nos nós.
Olha-nos de alto a baixo..
ri-se descaradamente..
e segue o seu caminho ritmado!
olha-me

Por um fio..

A vida, apesar d simples, é dura e ingrata..
É como um cão vadio que vagueia sem rumo, a quem alimentamos e damos por vezes um carinho..mas chega ao dia em que se revolta e morde-nos sem piedade. bem, não podemos culpa-la: esta-lhe no sangue que corre nas veias do tempo, impregnado pelos mais sinceros instintos, e tal como um animal ferido - sente e faz.nos sentir tudo em seu redor.
sendo assim, deixei-me disso...de ter pena! basta de hipocrisias e lamurias. Chega de enganos e desenganos conscientes, de lamentos fictícios e lágrimas ocas!
Não mais me lamentarei pela vida...Ela, que se resuma à sua insignificancia, que se curve perante mim e assuma a derrota a meus pés. Sou EU que a moldo à minha "imagem e semelhança"!
O destino, esse, representa muito mais que a reles e fútil vida..admiro-o! tão quieto e discreto, e no entanto tão poderoso e decisivo. é como uma corda bem alta: um passo em falso e tudo pode acontecer, tudo e nada...
vejo-me assim, presa num quadro banhado de ilusão...
não sou felina..
não tenho sete vidas..
mas sobreviverei como uma eterna bailarina na corda bamba!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Estaçoes...


Num torbilhao de folhas perdidas
Banhadas de mel, veneno febril
Achei perguntas desconhecidas
frases distintas,rosas de abril...

Fechei-me em mil trincos
com medo de as ler...
Pra que servem enfim,
perguntas sem fim,
se nao sei responder?


Mas o tempo voa
e com ele vai a razao...
folhas perdidas
perguntas desconhecidas,
deixadas na solidao.
e o calor ha muito perdido,
regressa em beijos de verao...


E um dia todas morrem:
-folhas secas de velhice,
-folhas verdes de emoçao,
-folhas tristes com meiguice,
que o outono, esse, sempre disse:
-"levo todas, sem excepçao!
as palavras, guardo as que quero,
as perguntas, deixo-as em vao."


Continua assim o ciclo
o tempo nao pára pra nos...
de palavras vamos vivendo
e o seu calor absorvendo,
pra que nunca fiquemos sos.


Chega o frio de negras trevas
Varre as folhas, que agonia...
solta amarras a perguntas,
que me atormentaram um dia.



Voem livres almas perdidas
deixem quem vos inventou...
pois, outras novas virao,
sem resposta ficarao...
e "tudo o vento levou"...


:)


domingo, 2 de agosto de 2009

Um rabisco solto...um suspiro apagado...


"Quero um dia ser o dia anterior"

mudar a façanha por medo de agir,

gritar bem alto, extinguir o pudor

e em vez de chorar, em momento de dor

lançar tudo ao vento e perder-me a sorrir...


olha-me...