sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Estaçoes...


Num torbilhao de folhas perdidas
Banhadas de mel, veneno febril
Achei perguntas desconhecidas
frases distintas,rosas de abril...

Fechei-me em mil trincos
com medo de as ler...
Pra que servem enfim,
perguntas sem fim,
se nao sei responder?


Mas o tempo voa
e com ele vai a razao...
folhas perdidas
perguntas desconhecidas,
deixadas na solidao.
e o calor ha muito perdido,
regressa em beijos de verao...


E um dia todas morrem:
-folhas secas de velhice,
-folhas verdes de emoçao,
-folhas tristes com meiguice,
que o outono, esse, sempre disse:
-"levo todas, sem excepçao!
as palavras, guardo as que quero,
as perguntas, deixo-as em vao."


Continua assim o ciclo
o tempo nao pára pra nos...
de palavras vamos vivendo
e o seu calor absorvendo,
pra que nunca fiquemos sos.


Chega o frio de negras trevas
Varre as folhas, que agonia...
solta amarras a perguntas,
que me atormentaram um dia.



Voem livres almas perdidas
deixem quem vos inventou...
pois, outras novas virao,
sem resposta ficarao...
e "tudo o vento levou"...


:)